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Eu indico |
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Síndrome de Caim (EUA, 1992) |
Charles Nix (John Lithgow) é um
famoso psicólogo infantil. É obcecado pelo comportamento da filha. Sua esposa
Jenny (Lolita Davidovich) está tendo um romance extra-conjugal com uma antiga
paixão da adolescência (Steven Bauer). Quando a polícia reporta uma série de seqüestros
de crianças na localidade, Jenny passa a ter que voltar suas atenções para o
lar e encarar a possibilidade de que seu marido está tentando recriar os
experimentos científicos do seu sogro.
“De Mented”, “De Ranged”, “De Ceptive”, De Palma:
Brian De Palma dirige este
suspense e aplica os elementos essenciais de sua marca: pregando peças no
espectador quando mostra novamente algumas cenas, só que num ângulo ou narração
diferente, um diferente que faz toda diferença e vai aos poucos dando sentido à
trama; aplicando a arte de assustar, aproveitando algumas situações para pegar
o espectador de surpresa; usando os sonhos e pensamentos dos personagens,
chegando um momento em que ficamos na expectativa se o que está acontecendo é
mesmo a realidade; e aplicando algumas cenas longas e tensas, onde tudo começa
tranqüilo e termina bem diferente. Com um bom roteiro e boa utilização de
movimentos de câmera e essas famosas manipulações temporais que o diretor realiza,
temos um filme interessante, bem ao estilo De Palma.
Para incrementar – e muito – o
resultado do filme, temos um perfeito John Lithgow na pele do personagem
principal, na realidade interpretando ao todo 5 papéis bem diferentes, dando
uma visão prática do transtorno dissociativo de personalidade. Incrível não ter
recebido alguma premiação pelo papel, embora em 2010 tenha recebido o Golden
Globe de melhor ator coadjuvante e o Emmy de melhor ator convidado, pela
atuação na série Dexter (ele faz o assassino Trinity na quarta temporada).
A Síndrome de Caim:
A vida de Caim e Abel é um
exemplo de como duas pessoas criadas de maneira igual, se transformam mais
tarde em pessoas completamente diferentes. Em um deles vemos a humildade e em
outro soberba. Quando temos um problema, uma situação difícil, se tivéssemos o
poder de mudar a situação, com certeza o faríamos. Mas cada pessoa pode fazer
uma escolha diferente. Essa diferença de personalidade é tratada no filme, que
tem um cunho psicológico e mostra diferentes personalidades numa mesma pessoa,
a partir de uma experiência provocada. E o melhor de tudo é que o assunto toma
proporções maiores no filme, como assassinatos e seqüestros de crianças.
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Fontes:
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