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La Vie d'Adèle (França/Espanha, 2013) |
Adèle
é uma garota de 15 anos que descobre, na cor azul dos cabelos de
Emma, sua primeira paixão por outra mulher. Sem poder revelar a
ninguém seus desejos, ela se entrega por completo a este amor
secreto, enquanto trava uma guerra com sua família e com a moral
vigente. Dirigido por Abdellatif Kechiche.
Adèle
e Emma:
Trata-se
de uma adaptação das histórias em quadrinhos escritas e desenhadas
por Julie Maroh. Protagonizado pelas belas atrizes francesas Adèle
Exarchopoulos e Léa Seydoux, o filme foca na vida da primeira e na
forte relação entre as duas. As cenas de sexo entre as garotas é
um dos pontos fortes do filme, com direito a uma cena de mais ou
menos 6 minutos de duração, um sexo lésbico bem sensual e
realista. Este realismo, fruto da dedicação e excelente atuação
das garotas, deixa as cenas mais quentes e interessantes, podendo
causar algum choque dependendo do espectador. Mas não é somente
isso, não se trata de um filme pornográfico mesmo com seus momentos
picantes; em meio a
muitas cenas que mostram a rotina da garota, com direto a muitos
closes de seu rosto, traduzindo seus sentimentos através das
feições, podemos acompanhar as descobertas pessoais e
transformações vividas por Adèle, que vai além de suas
descobertas sexuais e de sua paixão por Emma (Léa Seydoux). A atriz
principal vive sua primeira atuação como protagonista.
Nos
quadrinhos, a protagonista se chama Clementine, mas o diretor
franco-tunisiano Abdellatif Kechiche substituiu o nome por Adèle,
que em árabe significa justiça. Este é o mesmo diretor do polêmico
“Vênus Negra” (2010), um filme difícil de assistir pela
crueldade mostrada, uma cinebiografia de Saartjie Baartman, escrava
sul-africana que virou atração de circo no século 19. Bem
diferente deste “Azul é a Cor Mais Quente” que, mesmo com suas 3
horas de duração, encanta e empolga. Com sua merecida censura de 18
anos, recebeu a Palma de Ouro em Cannes (principal prêmio europeu do
cinema).
Mesmo
com um colega de escola que é o menino dos sonhos de toda garota (e
apaixonado por ela), Adèle não consegue esquecer um encontro
passageiro com Emma (Léa Seydoux), estudante de arte de cabelos
azuis. O amor entre elas não demora a surgir. De forma detalhista,
em alguns momentos arrastada, mostrando a rotina da protagonista com
seus amigos, família e relações, e principalmente com bastante
erotismo, o filme foca nessa questão do desejo jovem para uma
relação alternativa – embora nem tanto nos dias de hoje – e
gosto sexual indefinido, seguido das transformações emocionais e
novas experiências da garota Adèle (Adèle Exarchopoulos) que, aos
15 anos percebe que há algo errado em seus relacionamentos com
garotos, e vai viver uma trajetória principalmente de amadurecimento
e conhecimento de si mesma.
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Fontes:
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