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Enders Game (EUA, 2013) |
Em um
futuro próximo, após uma guerra contra extra-terrestres, o
respeitado coronel Graff (Harrison Ford) e as forças militares
terrestres treinam as crianças mais talentosas do planeta, no
intuito de prepará-las para um próximo ataque. Ender Wiggin (Asa
Butterfield), um garoto tímido e brilhante, é selecionado para
fazer parte da elite. Na Escola da Guerra, ele aprende rapidamente a
controlar as técnicas de combate, por causa de seu formidável senso
de estratégia. Com isso, torna-se a principal esperança das forças
militares para encerrar de uma vez por todas com a ameaça
alienígena. Dirigido por Gavin Hood.
A arte
da guerra:
Entre as grandes produções cinematográficas futuristas e no gênero
ficção científica, dos últimos dois anos, este filme pode ser
considerado uma das melhores. Em sua grande maioria, os filmes de
ficção – bastante priorizados na produção americana – têm
sido adaptações de livros cultuados e, também por isso, despertado
o interesse dos espectadores. Só em 2013, conferimos o segundo filme
da franquia “Jogos Vorazes”, os excelentes "Além da
Escuridão - Star Trek" e “Gravidade”, "Oblivion",
“Depois da Terra”, “Crículo de Fogo”, “A Hospedeira”,
assim como a recente trilogia “Divergente”. Podem não ser as
melhores adaptações dos livros, mas no mínimo mostram claramente
sua mensagem e sua crítica, ou seja, vão além dos efeitos e das
cenas de aventura.
O fato de
“Ender's Game - O Jogo do Exterminador” ser ou não uma adaptação
fiel ao livro escrito em 1985 por Orson Scott Card é algo que não
posso julgar, pois não li (ainda) a obra. Entretanto, algumas
características do filme são bem interessantes, como o estilo de
aventura diferenciado: crianças controlando drones à distância por
um console e todo um cunho estratégico das batalhas. Existe uma
explicação embasada para escolherem crianças e todo um treinamento
militar futurista para selecionar o time que vai para a frente de
batalha. Melhor ainda, são os dilemas morais enfrentados pelo menino
Ender Wiggin e a forma como ele lida e se transforma diante disso. A
comparação com as guerras já ocorridas no mundo real é
inevitável, e o filme deixa uma grande lição e uma forma diferente
de pensar.
Na trama - mais uma ideia criativa do que pode ser um futuro próximo - uma raça
alienígena chegou à Terra em 2086 e fez com que os governos preparassem uma espécie de academia militar que fica em órbita, para treinar
futuros comandantes da Frota Internacional para combater o próximo
confronto com os aliens. Acompanhamos o treinamento e as etapas de
promoção dos futuros guerreiros, como podemos ver em outros filmes
citados aqui. Existe uma aproximação entre os videogames e a
realidade que já foi tratada em outros filmes como “Jogos de
Guerra” (1983), “O Último Guerreiro das Estrelas” (1984),
“Tron” (1982) e “Tron: Legacy (2010)”.
O livro
“O Jogo do exterminador” tornou-se leitura sugerida de algumas
organizações militares, incluindo a Marinha dos Estados Unidos, uma
prática semelhante ao famoso “A Arte da Guerra”, de Sun Tzu, que
também contém elementos de estratégia que podemos associar a este
filme. Ganhou dois prêmios de melhor romance e teve as seguintes
sequências: “Orador dos Mortos”, “Xenocídio”, “Os Filhos
da Mente” e “Ender in Exile”, mostrando viagens subsequentes de
Ender para muitos mundos diferentes na galáxia. Também foi adaptado
em duas séries de quadrinhos.
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Fontes:
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