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Juan de los Muertos (Espanha / Cuba, 2013) |
Juan
(Alexis Díaz de Villegas) é um sujeito de 40 anos especializado na
arte de não fazer nada. Um dia, se depara com uma misteriosa
infecção que está transformando os habitantes de Havana em
mortos-vivos. Como um bom cubano, decide começar um negócio ao lado
do amigo Lazaro (Jorge Molina) para tirar vantagem da situação.
Eles se especializam em assassinar zumbis e trabalham com o slogan
"Matamos seus entes queridos". O negócio acaba sendo
afetado com o crescimento constante do número de infectados.
Dirigido por Alejandro
Brugués.
"Juan
dos Mortos. Matamos seus entes queridos. Em que posso ajudar?"
Imagine uma multidão de zumbis em Cuba e um pequeno
grupo de pessoas se aproveitando da situação para vender os seus
serviços de exterminadores de zumbis. A proposta resulta numa
comédia com terror bastante agradável. Até a motivação do
surgimento dos mortos-vivos é associada, pela mídia, aos EUA
(dissidentes cubanos financiados pelo governo norte-americano).
Filme
de zumbi não é novidade alguma,
inclusive
com comédia. Mesmo assim, muitas situações criativamente
engraçadas são trabalhadas no longa, ainda mais com a performance
do ator Alexis Díaz de Villegas e com um diretor (Alejandro Brugués)
que é fã do Gênero. Segue a fórmula de usar o apocalipse zumbi
como metáfora
para
criticar
uma
sociedade, focando
na acomodação de muitas pessoas no
país, como
o personagem principal, que não quer nada da vida e ainda se
aproveita da situação. Entretanto,
no
final vemos a sua transformação pessoal e percepção de que pode
mudar a situação no país.
Situações
hilárias como o treinamento do time recrutado para combater os
zumbis, as armas usadas (remo, shuriken, badoque, etc), a demora em
perceber o ponto fraco das criaturas, personagens que desmaiam ao ver
sangue (num filme de zumbis!), a artimanha para decepar vários
zumbis de uma vez, assim como muitas cenas “trash” marcam o
filme. Ao final ainda temos o uso de arte desenhada, chegando a
sugerir que o filme foi adaptado dos quadrinhos.
Foi uma
surpresa a sua premiação como melhor filme iberoamericano no Goya,
em 2013, já que os favoritos eram "Infância Clandestina"
(2011, de Benjamin Avila) e "Depois de Lúcia" (2012, de
Michel Franco), os quais não possuem nada de comédia e nada de
zumbis.
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Fontes:
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