Apresentação

Como cheguei aqui

Sempre gostei de indicar filmes e compartilhar informações, sensações e opinião pessoal sobre eles. A atividade cinematográfica é uma das minhas paixões. Optei aqui por indicar 3 filmes por mês, manifestando a minha opinião como um simples espectador, compartilhando algumas informações sobre os filmes selecionados. Espero que o resultado seja agradável para quem visitar.

Enquanto for interessante, estarei por aqui...


Cinema Paradiso (Itália/França, 1988)

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Juan dos Mortos (Cuba, 2013)

Eu indico
Juan de los Muertos (Espanha / Cuba, 2013)

Juan (Alexis Díaz de Villegas) é um sujeito de 40 anos especializado na arte de não fazer nada. Um dia, se depara com uma misteriosa infecção que está transformando os habitantes de Havana em mortos-vivos. Como um bom cubano, decide começar um negócio ao lado do amigo Lazaro (Jorge Molina) para tirar vantagem da situação. Eles se especializam em assassinar zumbis e trabalham com o slogan "Matamos seus entes queridos". O negócio acaba sendo afetado com o crescimento constante do número de infectados. Dirigido por Alejandro Brugués.

"Juan dos Mortos. Matamos seus entes queridos. Em que posso ajudar?"
Imagine uma multidão de zumbis em Cuba e um pequeno grupo de pessoas se aproveitando da situação para vender os seus serviços de exterminadores de zumbis. A proposta resulta numa comédia com terror bastante agradável. Até a motivação do surgimento dos mortos-vivos é associada, pela mídia, aos EUA (dissidentes cubanos financiados pelo governo norte-americano).
Filme de zumbi não é novidade alguma, inclusive com comédia. Mesmo assim, muitas situações criativamente engraçadas são trabalhadas no longa, ainda mais com a performance do ator Alexis Díaz de Villegas e com um diretor (Alejandro Brugués) que é fã do Gênero. Segue a fórmula de usar o apocalipse zumbi como metáfora para criticar uma sociedade, focando na acomodação de muitas pessoas no país, como o personagem principal, que não quer nada da vida e ainda se aproveita da situação. Entretanto, no final vemos a sua transformação pessoal e percepção de que pode mudar a situação no país.
Situações hilárias como o treinamento do time recrutado para combater os zumbis, as armas usadas (remo, shuriken, badoque, etc), a demora em perceber o ponto fraco das criaturas, personagens que desmaiam ao ver sangue (num filme de zumbis!), a artimanha para decepar vários zumbis de uma vez, assim como muitas cenas “trash” marcam o filme. Ao final ainda temos o uso de arte desenhada, chegando a sugerir que o filme foi adaptado dos quadrinhos.
Foi uma surpresa a sua premiação como melhor filme iberoamericano no Goya, em 2013, já que os favoritos eram "Infância Clandestina" (2011, de Benjamin Avila) e "Depois de Lúcia" (2012, de Michel Franco), os quais não possuem nada de comédia e nada de zumbis.

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Fontes:

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