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Arrival (EUA, 2016) |
Quando seres interplanetários chegam na Terra, a
Dra. Louise Banks (Amy Adams), uma linguista especialista no assunto,
é procurada por militares para estabelecer comunicação e desvendar se os
alienígenas representam uma ameaça ou não. No entanto, a resposta
para todas as perguntas e mistérios pode ameaçar a vida de Louise e
a existência de toda a humanidade. Dirigido por Denis Villeneuve.
Ficção
para pensar:
Assistir a uma ficção
científica como esta é uma experiência de vida. A palavra ficção
- ato ou efeito de fingir; fingimento; elaboração; criação
imaginária, fantasiosa ou fantástica; fantasia – nos remete a
coisas fora da realidade. Porém, esse filme usa desse conceito e
acaba sendo extremamente realista, humano, justamente num momento
onde o mundo precisa receber esse tipo de mensagem. Que
bom que o diretor canadense
Denis Villeneuve acertou mais
uma vez, depois de excelentes
filmes como Incêndios
(2010), Os Suspeitos (Prisoners, 2013), O Homem Duplicado (Enemy,
2013) e Sicario: Terra de Ninguém (2015). Melhor ainda saber que ele
será o cineasta a dirigir Blade Runner 2, previsto para 2017,
próximo ano.
Em A Chegada, contamos
com a grande atriz Amy Adams
em mais uma ótima
performance. Ela é a Dra.
Louise Banks, uma linguista convocada pelo governo americano para
um grande desafio incomum: dialogar com
alienígenas de uma das doze naves que pousaram no planeta terra. O
roteiro parece simples, mas principalmente no clímax vemos como o
filme é original e grandioso. Não pretende ficar mostrando muitas
cenas de ação, com guerras insanas entre a humanidade e
alienígenas; ele é focado no diálogo entre os seres, sendo que
existe um clima tenso e muito mistério, pois não se sabe as
intenções dos seres extraterrestres. No cartaz do filme tem a
pergunta que não quer calar: “Por que eles estão aqui?”.
Não é preciso dizer
que a resposta é mais do que uma simples e óbvia resposta, pois o
filme nos leva a grandes mensagens em torno dessa proposta de que a
comunicação efetiva pode ser a solução para muitos problemas.
Mais ainda, sobre entender o
próximo e
compreender a si mesmo. Tem
também um apelo para a questão da união entre os povos, esforço
coletivo em busca de um mesmo objetivo, mas que deve ser um objetivo
de paz. A ficção e drama se unem para nos deixar um filmaço, que
agrada pelas cenas de contato com os seres e todo o mistério que
ronda isso, assim como pela parte dramática, relacionamentos,
família.
Junto a tudo isso temos
a belíssima trilha musical de Jóhann Jóhannssson, providencial,
até sinistra em alguns momentos. Atuações, principalmente da Amy
Adams, roteiro e montagem são
também pontos fortes. O filme tem alguns flashbacks que parecem
soltos, mas depois tudo se encaixa se você compreender a mensagem em
relação à questão do tempo.
Recordei do filme
Contato, de
1997, mais
uma grande ficção, de Robert Zemeckis com Jodie Foster e Matthew
McConaughey, no qual existe um primeiro contato com uma inteligência
extraterrestre e uma cientista que tenta entender a mensagem. Ambos
os filmes deixam uma bela mensagem para a humanidade, e este A
Chegada é, sem dúvida, uma das melhores ficções científicas já
feitas e um dos grandes filmes deste ano de 2016.
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Fontes:
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