Apresentação

Como cheguei aqui

Sempre gostei de indicar filmes e compartilhar informações, sensações e opinião pessoal sobre eles. A atividade cinematográfica é uma das minhas paixões. Optei aqui por indicar 3 filmes por mês, manifestando a minha opinião como um simples espectador, compartilhando algumas informações sobre os filmes selecionados. Espero que o resultado seja agradável para quem visitar.

Enquanto for interessante, estarei por aqui...


Cinema Paradiso (Itália/França, 1988)

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Poder Paranormal (“Red Lights”, EUA / Espanha, 2012)

Eu indico
Red Lights (EUA / Espanha, 2012)

Dois investigadores de boatos paranormais, a veterana Dra. Margaret Matheson (Sigourney Weaver) e seu jovem assistente, Tom Buckley (Cillian Murphy), buscam provar as origens fraudulentas destes. Simon Silver (Robert De Niro), um lendário vidente cego, reaparece depois de uma ausência enigmática de 30 anos e torna-se o maior desafio internacional tanto para a ciência ortodoxa quanto para os céticos profissionais. Tom começa a ficar intensamente obcecado por Silver, por este manifestar eventos sem explicação. Roteiro e direção de Rodrigo Cortés.

Farsas bem boladas para um filme bem bolado:
Não é fácil ser original com um tema já muito explorado, quanto mais diante de espectadores cada vez mais experientes. Estimular a curiosidade é uma forma de prender a atenção, melhor ainda é surpreender o espectador inteligente, de forma inteligente. O protagonista interpretado por Cillian Murphy nos fala algo já conhecido: “O truque dos ilusionistas é conduzir o olhar do espectador para longe do ponto onde ele está fazendo sua 'mágica'”. Essa fórmula tem sido comum em muitos filmes interessantes, só em 2006 fomos presenteados com “O Ilusionista” e “O Grande Truque”, com direito a atores excelentes (Edward Norton, Hugh Jackman e Christian Bale); em 2013 tivemos o movimentado e bem elaborado “Truque de Mestre”. Neste filme “Poder Paranormal”, Cillian Murphy contracena com o grande Robert De Niro, mas não fica para trás, já que este ator previamente nos mostrou o seu talento em “Batman Begins” como o vilão Espantalho (Dr. Jonathan Crane), sendo o único vilão que aparece nos 3 filmes. Mas a questão aqui é que este filme pode entrar para lista dos que funcionaram bem com uma fórmula já conhecida.
O diretor espanhol Rodrigo Cortés não só acrescenta mais um filme agradável, nesta temática interessante de usar a ciência para forjar eventos e se aproveitar de pessoas inocentes, como introduz elementos de ilusionismo e a reflexão de até onde podemos acreditar em eventos “paranormais” (até porque existem casos reais onde não foram encontradas explicações). Assim, o diretor aproveita a possibilidade e deixa sua marca em relação à boas reviravoltas e estímulo à curiosidade do exigente espectador. O título original, “Luzes Vermelhas”, dá uma ideia daquele detalhe de alerta que serve para chamar a atenção, por isso prestar atenção aos detalhes é importante, por outro lado os detalhes também são usados para distrair a atenção para o lugar errado, aderente assim à frase do personagem.
Tom (Cillian Murphy) e Margaret (Sigourney Weaver) trabalham desmascarando fenômenos paranormais e psíquicos. Margaret tem um envolvimento pessoal com este tipo de trabalho e faz disso sua cruzada pessoal. A partir dessa situação, muitas perguntas vão surgindo durante o filme, inclusive o significado do título "Luzes Vermelhas". As dúvidas serão esclarecidas ou usadas somente para prender o espectador e despistá-lo? Aqueles que se alimentam do suspense e esperam relevações e grandes reviravoltas serão saciados? Aqueles que assistirão sem muitas expectativas serão surpreendidos? Difícil de saber, mas espero que a maioria não pisque os olhos durante o filme.

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