Apresentação

Como cheguei aqui

Sempre gostei de indicar filmes e compartilhar informações, sensações e opinião pessoal sobre eles. A atividade cinematográfica é uma das minhas paixões. Optei aqui por indicar 3 filmes por mês, manifestando a minha opinião como um simples espectador, compartilhando algumas informações sobre os filmes selecionados. Espero que o resultado seja agradável para quem visitar.

Enquanto for interessante, estarei por aqui...


Cinema Paradiso (Itália/França, 1988)

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Na Estrada (On The Road, 2011)

Eu indico
On The Road (Brasil / França / Reino Unido / EUA / Canadá, 2011)

Nova York, Estados Unidos. Sal Paradise (Sam Riley) é um aspirante a escritor que acaba de perder o pai. Ao conhecer Dean Moriarty (Garrett Hedlund) ele é apresentado a um mundo até então desconhecido, onde há bastante liberdade no sexo e no uso de drogas. Logo Sal e Dean se tornam grandes amigos, dividindo a parceria com a jovem Marylou (Kristen Stewart), que é apaixonada por Dean. Os três viajam pelas estradas do interior do país, sempre dispostos a fugir de uma vida monótona e cheia de regras. Dirigido por Walter Salles.

Road movie sobre a geração beat:
Walter Salles (de Diários de Motocicleta), brasileiro, encara mais uma direção nesta produção predominantemente americana para mostrar o movimento da geração beat dos anos 1950. Em 2012, o filme estreou na competição para a Palma de Ouro no Festival de Cannes de no Festival Internacional de Cinema de Toronto.
No período pós-guerra, muitos jovens americanos, contestadores, buscavam entender melhor o mundo e quebrar o conservadorismo, gerando uma sociedade mais livre e democrática. Kerouac, na época um escritor iniciante, resolveu atravessar de carona os EUA, de leste a oeste. Suas experiências foram anotadas como em um diário (rolo de papel telex), não havia espaço e nem comodidade para uso de máquina de escrever. Dessa forma, Jack Kerouac publicou o seu livro “On The Road - Pé na Estradae mostrou essa geração beat, através de suas aventuras com o companheiro de viagem Neal Cassady.
O filme adapta essa obra e toca muito num ponto importante, que é a amizade, até que ponto essa libertinagem pode implicar em ferir uma relação. Isso fica muito claro no relacionamento entre os personagens principais, o jovem escritor Sal Paradise, o jovem libertário Dean Moriarty e sua namorada de 16 anos (interpretada por Kristen Stewart, da saga Crepúsculo). Eles cruzam o país quebrando todos os limites possíveis, rodeados de sexo, drogas e jazz. O contagiante personagem Dean Moriarty (do filme), assim como Neal Cassady (do livro), é uma pessoa com grande energia para a vida e acaba transformando a vida de Sal Paradise. Existem outros personagens importantes que também se libertam do conformismo e buscam seus próprios caminhos, servindo de exemplo para as gerações seguintes.

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Fontes:

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Clube dos Cinco (The Breakfast Club, 1985)

Eu indico
The Breakfast Club (EUA, 1985)

Em virtude de terem cometido pequenos delitos, cinco adolescentes são confinados no colégio em um sábado, com a tarefa de escrever uma redação de mil palavras sobre o que pensam de si mesmos. Apesar de serem pessoas completamente diferentes, enquanto o dia transcorre eles passam a aceitar uns aos outros, fazem várias confissões e tornam-se amigos. Dirigido por John Hughes.

Juventude dos anos 80:
Ícone do cinema nos anos 80, este filme é reconhecido como um dos melhores sobre o ambiente dos estudantes no ensino médio. Talvez uma grande influência aos jovens e sua relação com a universidade. John Hughes teve a audácia de rodar o filme todo em sequência, em menos de três meses ele foi iniciado e concluído (de 28 de março até maio de 1984). O roteiro do filme também saiu em tempo recorde, em apenas dois dias, escrito pelo próprio diretor.
Em "Clube dos cinco" temos pessoas bem caracterizadas, como a princesa da turma (Molly Ringwald), a aluna estranha e reclusa (Ally Sheedy), o adolescente rebelde (Judd Nelson), o rapaz atlético (Emilio Estevez) e o nerd (Anthony Michael Hall). Passado praticamente o filme inteiro no mesmo ambiente, no qual diferentes estudantes passam a se conhecer, o filme possui uma mistura de diálogos interessantes, diversidade, pequenas travessuras e até um pouco de dança. A cena da dança é quase sempre utilizada nas propagandas sobre o filme, sendo bastante divertida e deixando uma forte marca de anos 80.
Um clima intimista se cria entre os personagens, principalmente quando eles contam suas aventuras e traumas para o grupo. Dizem que a cena dessa conversa não tinha detalhes no roteiro e o diretor deixou os atores improvisarem à vontade. A questão da redação como pré-requisito para eles serem liberados culmina com uma situação bem legal, marcando os momentos finais do filme. Espero que essa profundidade seja bem apreciada pelos espectadores.
Provavelmente o diretor não esperava que o filme tivesse repercussão e influência até os dias de hoje. Recentemente, aqui na cidade de Salvador, tivemos a oportunidade de poder rever este filme numa sala de cinema, devido à iniciativa da Rede Cinemark de exibir clássicos do cinema em sessões especiais.
Emilio Estevez, Judd Nelson e Ally Sheedy voltaram a contracenar juntos em “O Primeiro Ano do Resto de Nossas Vidas” (1985), sobre amigos recém-formados.

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Fontes:

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

O Abutre (Nightcrawler, EUA, 2014)

Eu indico
Nightcrawler (EUA, 2014)

Enfrentando dificuldades para conseguir um emprego formal, o jovem Louis Bloom (Jake Gyllenhaal) decide entrar no agitado submundo do jornalismo criminal independente de Los Angeles. A fórmula é correr atrás de crimes e acidentes chocantes, registrar tudo e vender a história para veículos interessados. Dirigido por Dan Gilroy.

Jornalismo noturno:
Os limites da notícia e a veracidade das informações, muitas vezes questionáveis, são discutidos neste filme que utiliza o ambiente do jornalismo focado nas notícias sobre violência. Jake Gillenhaal está em uma de suas melhores atuações, com um personagem questionável, mas com forte poder de convencimento. Lou Bloom vivia de pequenos crimes, mas agora passa a investir numa carreira de cinegrafista “amador” em busca de desastres noturnos para vender às redes televisivas. Um personagem interessantíssimo, que manifesta em suas falas e comportamento um grande conhecimento sobre liderança, estratégias de atuação e relacionamento de pessoas, com bom raciocínio lógico e rápido. O mais interessante é que ele aprendeu tudo através de estudos online. Ambicioso, determinado e focado, ele vai até onde for preciso para conseguir uma boa história, mostrando o limite moral da mídia e até onde pode-se chegar por uma boa história e uma grande audiência.
Dan Gilroy faz um excelente trabalho nessa sua estreia como diretor. Ele foi roteirista de Gigantes de Aço (2011) e Legado Bourne (2012). Agora ele faz este trabalho junto com Robert Elswit (diretor de fotografia, o mesmo de Legado Bourne), então o realismo das cenas é grande, quanto mais pelas filmagens ambientadas nas madrugadas de Los Angeles. Muitas cenas, desde tiroteios numa lanchonete, invasão domiciliar com assassinato e até cenas de perseguição de carro são mostradas do ponto de vista do cameraman que está no local atrás de uma grande filmagem para vender. Este olhar do cinegrafista presente dá o ponto de vista que precisamos ver para sentir na pele o que estamos vendo nas cenas.

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Fontes: