Apresentação

Como cheguei aqui

Sempre gostei de indicar filmes e compartilhar informações, sensações e opinião pessoal sobre eles. A atividade cinematográfica é uma das minhas paixões. Optei aqui por indicar 3 filmes por mês, manifestando a minha opinião como um simples espectador, compartilhando algumas informações sobre os filmes selecionados. Espero que o resultado seja agradável para quem visitar.

Enquanto for interessante, estarei por aqui...


Cinema Paradiso (Itália/França, 1988)

quinta-feira, 10 de março de 2016

Deus Branco (Hungria, 2014)

Eu indico
Feher Isten (Hungria, 2014)

O filme mostra a história do cão de raça mista Hagen que se muda, junto com sua guardiã Lili e o pai dela. O pai recusa-se a pagar a multa do cão "híbrido", imposta pelo governo e acaba por abandonar o cão. O cachorro Hagen logo atrai um grande número de seguidores mestiços que começam uma revolta aparentemente organizada, contra os seus opressores humanos. Dirigido por Kornél Mundruczó.

Gods and Dogs:
Mais de 200 cães representam os figurantes desse filme que faz uma bela crítica social e política, com um certo apelo contra o tratamento cruel dado aos animais. Hagen é o chefe da matilha, nosso principal personagem, que vive em Budapeste, capital da Hungria. O filme começa com uma cena impactante, onde uma garota numa bicicleta é perseguida por cães. Nada de filme leve, com cachorros fofos, para famílias que gostam de Sessão da Tarde. Este aqui é um filme forte e maduro.
A garota do filme tem um nome que normalmente é atribuído a animais (Lili). Já o cachorro (Hagen) possui um nome mais comum a humanos. Outra coisa curiosa é que “dog” (cão em inglês), quando escrito ao contrário, fica “god” (deus), e o título do filme é “Deus Branco”, uma referência ao ser humano que cada vez mais se coloca como superior e abusa desse falso poder. A revolta, revolução, feita pelos cães no filme, é sensacional, bem construída ao longo do longa, na medida que vamos acompanhando os percalços que o cão principal, Hagen, vai passando. Ele é um cachorro proibido pela sociedade por ser mestiço. Dessa forma, vemos cenas chocantes, brutalidade e uma crítica a coisas que serem humanos também já viveram bastante, e ainda vivem, diante do preconceito e da xenofobia.
O diretor húngaro Kornel Mundruczó usou dois labradores gêmeos, Luke e Body, para o papel de Hagen. Muitos cães precisaram ser bem treinados, já que não se utilizaram recursos de computação gráfica para as cenas. Como dito pelo diretor: “Foi uma experiência terapêutica. O filme é uma bela prova da cooperação singular entre duas espécies”. Ele também complementa que os cachorros vieram da Sociedade Protetora dos Animais e, ao concluir o filme, todos foram adotados.
A menina Lili tem um papel importante, já que ela realmente ama o seu cão e consegue acalmar os animais, ao tocar o seu trompete numa versão de "O Flautista de Hamelin", conto folclórico que foi readaptado pelos Irmãos Grimm e que narra um desastre incomum acontecido na cidade de Hamelin, Alemanha, em 26 de junho de 1284.
O filme foi inspirado no romance “Desonra”, apresentado nos teatros em 2012, do sul-africano J. M. Coetzee. Ganhou prêmio no festival de Cannes e mostrou ousadia com bom resultado, ao descartar a computação gráfica e utilizar animais adestrados, dando uma reinventada em filmes com animais, especialmente cachorros, e ainda beneficiando a eles, já que pelo visto a produção do filme incentivou a adoção dos animais.

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Fontes:
https://pt.wikipedia.org/wiki/O_Flautista_de_Hamelin

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