|
Eu indico |
|
72 horas (EUA / França, 2010) |
John Brennan (Russell Crowe) é um
professor universitário que leva uma vida perfeita, até sua esposa Lara
(Elizabeth Banks) ser acusada de ter cometido um crime brutal. Ela jura que não
é a autora do crime. Após três anos de recursos judiciais sem sucesso, John
percebe que o único meio de ter sua esposa de volta será tirando-a da prisão.
Só que ele tem apenas 3 dias para elaborar o plano e executá-lo.
Porque gostei muito:
Tenho uma forte queda por cenas de fuga, mais do ponto de vista do
fugitivo e menos do perseguidor, por isso a minha opinião sobre este filme é
muito suspeita. Quando um filme apresenta uma proposta que te agrada e, no
desenrolar das cenas acaba ocorrendo aquilo que você gostaria mais algumas
coisas que te surpreenderam, não tem como explicar a sensação. A partir do
momento em que, na trama, começa de fato a fuga, a ação no filme não para, a
tensão é alta, e o desenrolar das coisas se encaixa com cenas anteriores, onde
o protagonista estava em fase de aprendizado e planejamento. As cenas ficaram bem
realistas, até porque o roteirista e diretor Paul Haggis soube inserir dois elementos
importantes que foram um diferencial: a sorte e o improviso. Também gostei da conclusão da história, que
acabou sendo o final que imaginei para o filme. O ator Russel Crowe está ótimo
como um homem comum que precisa tomar atitudes extremas, tendo que agir
antes que seja tarde demais. Bem interessante como o personagem recorre à
internet onde existem várias informações úteis para o seu objetivo, tais como
arrombar fechaduras; chega até a conseguir encontrar um ex-prisioneiro que
escapou inúmeras vezes da prisão, interpretado pelo Liam Neeson. O filme pode
ser dividido em duas partes, na primeira metade temos a dramática da situação,
na segunda temos a correria alucinante.
Refilmagem:
É uma refilmagem do filme francês
Pour Elle (2007). O diretor Paul
Haggis escolheu Russell Crowe apostando que ele é um ator capaz de interpretar
um homem ordinário que precisaria enfrentar circunstâncias extraordinárias. Ele
também acrescentou o seguinte questionamento sobre a temática do filme: “Você
salvaria a mulher que ama se soubesse que isso te transformaria em um
homem que essa mulher não poderia voltar a amar?”.
A confusão:
Engraçado, quando eu indicava o
filme 72 Horas, algumas pessoas confundiam com o filme 172 Horas, um
drama baseado na história real do alpinista Aron Ralston, que ficou
preso 5 dias numa montanha de Utah (EUA) com uma fenda em seu braço
(interpretado por James Franco que foi indicado ao Oscar pela sua atuação neste
filme). A confusão foi maior pelo fato de que os dois filmes estavam em cartaz
mais ou menos na mesma época. Enfim, recomendo assistir logo aos dois.
__________________________________
Fontes:
Nenhum comentário:
Postar um comentário