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Eu indico |
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Querido John (EUA, 2010) |
Dirigido por Lasse Hallström e
baseado no romance de Nicholas Sparks, o filme conta a história de John Tyree
(Channing Tatum), um jovem soldado que foi para casa durante uma licença e de
Savannah Curtis (Amanda Seyfried), a jovem universitária idealista por quem ele
se apaixona durante as férias de faculdade. Durante os próximos sete
tumultuosos anos, o casal é separado pelas missões cada vez mais perigosas de
John. Apesar de se encontrarem apenas esporadicamente, o casal mantém o contato
por meio de uma enxurrada de cartas de amor. Umas dessas correspondências acaba
por provocar uma situação indesejada.
Romance no filme e no livro:
Este filme deve ser assistido
preferencialmente acompanhado, como uma boa parte dos filmes baseados nos
livros de Nicholas Sparks, famoso autor de romances que costumam ser adaptados
para o cinema. Nessa linha, indico também “Diário de uma Paixão” (2004), “Um
Amor para Recordar” (2002) e “Noites de Tormenta” (2008). Querido John é um
livro emocionante, mostra o significado do verdadeiro amor, explicitamente
quando o personagem John, narrador da história, confessa: “Qual o real
significado do verdadeiro amor? Finalmente compreendi o que o verdadeiro amor
realmente significa. O amor significa pensar mais na felicidade da outra pessoa
do que na própria, não importando quanto dolorosa seja sua escolha.”. O filme
tem uma boa fidelidade à obra, embora tenhamos um final sutilmente modificado.
Acredito que cada um dos dois tenha o seu mérito.
Além de um belo romance, a
história explora também o drama familiar de John, em sua relação com o pai que
sofre de um grau de autismo não muito perceptível. Por sinal, muito boa a
interpretação do personagem do pai de John pelo ator Richard Jenkis. Um outro enfoque
interessante da obra (e do filme) é a guerra, tendo explorado a recente batalha
no Oriente Médio pelos Estados Unidos após os acontecimentos do 11 de Setembro.
Navegando entre esses três aspectos, o resultado é, no mínimo, agradável,
principalmente para o público jovem. Também existe o lado da vida altruísta de Savannah
e suas escolhas, que influencia diretamente na reviravolta que a história toma.
E o espectador tanto pode julgar a personagem, quanto se sensibilizar por ela e
entender suas escolhas.
O casal tem uma mania que é uma
espécie de marca na relação deles. No filme, percebe-se que eles usam a frase “Nos
vemos em breve, então?” quando vão se despedir, e o outro confirma “Nos vemos
em breve”; no livro, eles combinam olhar para a lua, quando estiverem distantes
um do outro. Cada um desses dois aspectos será explorado e bem utilizado na
história, resultando em uma cena (no filme) e uma passagem (no livro) marcante
e emocionante. Como dito anteriormente, cada um tem o seu mérito, mesmo não
sendo totalmente iguais.
“Mas a lua está
cheia, o que me fez pensar em você.”
O filme é bom, mas o livro é ótimo.
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