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The Last House on the Left (EUA, 2009) |
No dia de
seu aniversário de 17 anos, a jovem Mari Collingwood (Sara Paxton) e
uma amiga acabam nas mãos de cruéis criminosos que escaparam da
prisão, comandados por Krug (Garret Dillahunt). Enquanto seus pais
(Tony Goldwyn e Monica Potter) organizavam os preparativos de uma
festa surpresa para ela, Mari e sua amiga são violentadas e mortas.
No dia seguinte, os assassinos vão refugiar-se exatamente na casa
dos pais da vítima, sem imaginar o destino infeliz que os aguardava.
Dirigido por Dennis Iliadis, com Wes Craven como produtor.
Família
Vingança:
Trata-se
de uma segunda refilmagem. O primeiro filme, “A Fonte da Donzela”
(“Jungfrukällan”, Suécia, 1959) foi do grande diretor sueco
Ingmar Bergman e venceu o Oscar de melhor filme estrangeiro. Depois
veio o filme “Aniversário Macabro”, de 1972, que foi dirigido e
roteirizado por Wes Craven (conhecido por filmes de terror, entre
eles os famosos “Pânico” e “A Hora do Pesadelo”), sendo a
sua estreia como diretor, tendo sido proibido a exibição do filme
em muitos países por algum tempo, pois trouxe de forma explícita os
temas sexo e violência.
O fato de
existir uma última casa na rua, com uma família, que o acaso leva a
se deparar com um grupo de psicopatas, já dá uma ideia da situação.
Entretanto, quem espera falta de originalidade, por similaridade com
outros filmes, vai se surpreender positivamente. O filme, até um
certo ponto, vai numa linha comum e, de repente, ocorre a grande
inversão, de forma bem interessante. A grande sacada é a família
composta pelos protagonistas inverter o jogo e tornar a família de
assassinos a grande vítima da história. A velha vingança é
aplicada de forma tão brutal quanto os próprios assassinos e
psicopatas fariam.
Alguns
acontecimentos levam a garota Mari e sua amiga a se encontrar com os
bandidos, sendo sequestradas e violentadas (em uma entrevista, Sara
Paxton revelou que a sequência de estupro levou 17 horas para ser
filmada). A família de Mari, posteriormente, abriga a família de
psicopatas e acaba descobrindo o que eles fizeram. A grande vantagem
da surpresa está nas mãos dos pais... e eles não fazem feio. A
forma como a violência aparece é, ao mesmo tempo, explícita e
interessante, principalmente nos momentos de vingança que marcam a
segunda metade do filme, gerando grande tensão e expectativas
crescentes, características de um suspense bem feito.
Podemos
sentir um certo prazer em ver os assassinos passarem de predadores à
presa e nos questionar até que ponto o ser humano pode chegar para
se vingar, de forma cruel, das pessoas que machucaram ou acabaram com
a vida de alguém próximo. E até que ponto alguém chegaria para se
defender e dar o troco àqueles que merecem.
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