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Eu indico |
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Insidious (EUA, 2011) |
A família Lambert, formada por
Josh (Patrick Wilson), Renai (Rose Byrne) e os filhos Dalton (Ty Simpkins) e
Foster (Andrew Astor), acaba de se mudar. Logo, uma das crianças entra em coma
de forma inexplicável, o que faz os pais pensarem que a nova casa abriga algum
tipo de espírito do mal. Mas eles logo se mudam do local e nos dias seguintes
acabam descobrindo que o problema não estava na casa e sim no próprio filho.
Dirigido por James Wan.
Insidioso
Está cada vez mais difícil fazer
filmes de suspense ou terror que sejam bem vistos pela crítica e pelo público.
Até os grandes sustos e os arrepios estão mais difíceis de serem arrancados do
espectador exigente. O filme “Insidious” reúne duas coisas que me fazem
valorizar um filme deste gênero: clima sinistro com sustos e uma história
interessante. Muitas vezes, antes do susto – e mais importante do que este – vem
o suspense gerado, a tensão causada pela cena, os arrepios e a adrenalina
causada pelo medo; às vezes está tão óbvio que algo vai acontecer e, mesmo
assim, quando acontece o susto é inevitável (é o momento onde elementos
essenciais, como o som, são bem utilizados). Um filme de terror tem que
conseguir a atenção do espectador, envolvê-lo no clima de querer sentir essa adrenalina,
e causar sustos de forma criativa. Às vezes nem precisa de susto para causar
arrepios. Um exemplo para ser relembrado é a cena no grande filme “O Orfanato”
(“El Orfanato”, Espanha, 2007), de Guillermo del Toro, quando a protagonista evoca
espíritos de garotos através de uma brincadeira do tipo pique esconde (Un, dos, tres, toca la pared). Realmente
sinistro.
“Sobrenatural” tem uma introdução
bem bacana e original. Após a primeira cena e a apresentação do título do
filme, o diretor deve a idéia de mostrar várias imagens, quase estáticas,
enquanto são apresentados os créditos iniciais. Cada imagem mostra um cômodo de
uma casa, sendo que algo se mexe nas sombras, algum objeto sai do lugar, entre
outros movimentos que podem ser percebidos; ou seja, preste bem atenção em cada
uma dessas imagens. A música de fundo é sinistra e combina com as cenas. Depois
disso, temos um filme com vários momentos de susto, dá até para se acostumar
com eles logo (ou não). O roteiro é muito bom, explorando um assusto bem estudado
na vida real: o coma e a possibilidade de deixar o corpo físico e viajar em
projeção astral. Só que a situação é explorada de forma sinistra, introduzindo o
suspense que vai acompanhar o filme inteiro. Enquanto se encontra em estado de
coma, o garoto pode ser aprisionado por espíritos demoníacos. As coisas
acontecem primeiramente de forma insidiosa, ou seja, aparecem vagarosamente,
furtivamente, aos poucos e sem apresentar sintomas específicos. E logo depois
tudo sai do controle. As reviravoltas são boas, enganam o espectador e o final
não é óbvio.
Considerado um dos melhores
filmes de assombração já feitos, “Sobrenatural” reúne os criadores de duas das
séries de terror populares: o diretor James Wan, responsável por “Jogos Mortais”
(2004) e o produtor Oren Peli, que dirigiu “Atividade Paranormal” (2007). O
roteiro é de Leigh Whannell,
parceiro de James Wan em “Jogos Mortais” (2004). As filmagens da sequência (“Insidious
- Chapter 2”)
já começaram, para se ter uma idéia do sucesso deste primeiro filme. Ainda não
há detalhes sobre a trama, apenas sabe-se que a família protagonista do
primeiro filme voltará a aparecer.
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Fontes:
http://omelete.uol.com.br/forca-sobrenatural/cinema/sobrenatural-2-estreia-em-agosto-de-2013/
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