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Eu indico |
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The Incredible Shrinking Man, EUA, 1957 |
Durante
um passeio de barco, Scott Carey (Grant Williams) é atingido por uma
misteriosa nuvem de partículas brilhantes. Em seguida é
acidentalmente aspergido com inseticida e começa a encolher
diariamente. A vida se torna um pesadelo para o agora pequenino
Scott, vulnerável a tudo e todos. Dirigido por Jack Arnold.
Incrível:
Estamos diante de uma ficção científica, estilo
fantástico, no qual um homem começa a diminuir de tamanho e tem que
enfrentar todas as dificuldades que surgem, seja sua relação com a
esposa e outras pessoas, seja sua sobrevivência. Outros filmes
exploram essa relação que surge quando seres vivos se tornam
maiores que o homem, mas na maioria delas o foco é na aventura, no
suspense. Aqui, nesta adaptação do romance de Richard Matheson,
temos uma boa aventura, mas carregada de ironia, desespero e agonia
pela situação e uma boa reflexão sobre a existência. Os
pensamentos do personagem no final do filme, que começa a narrar a
sua história a medida que vai diminuindo e ficando sozinho, é bem
significante e pode ser conferida no final deste texto.
Um mergulho no misterioso universo microscópico, que
quase sempre tratamos com desdém porque estamos muito elevados em
relação a ele. É tão fácil pisar numa aranha e lançar
inseticidas em mosquitos, tão natural e seguro, mas imagine você se
tornar um ser menor do que eles. Nosso protagonista então tem que se
utilizar da inteligência e controle emocional, nossa vantagem em ser
um animal racional.
Jack
Arnold tem
este filme como um dos seus clássicos,
juntamente
com “O Monstro da Lagoa Negra” (1954). Os efeitos especiais são
de Clifford Stine. Richard Matheson escreveu o roteiro para uma
sequência, “The Fantastic Shrinking Girl” na qual Louise Carey
segue seu marido até o mundo microscópico. Foi publicada pela
Gauntlet Press em 2006, numa coleção chamada "Unrealized
Dreams", porém não chegou a ser foi produzida.
Frase
no final do filme - SPOILER:
Muito
interessante quando, após diminuir tanto, o personagem fica contente
em poder sair do porão que por muito tempo o aprisionou, com toda
uma nova energia e coragem para encarar este mundo de gigantes lá
fora.
“Olhei para o céu,
como se de algum modo pudesse
compreender
o céu, o universo,
os mundos infinitos, a tapeçaria
prateada
de Deus que cobre a noite.
Nesse instante eu soube
a resposta do enigma.
Havia pensando nos termos
da limitada dimensão da
mente humana.
Tinha subestimado a natureza.
Pois a ideia de que a vida começa e acaba.
É uma ideia humana, não da natureza.
Senti meu corpo encolhendo,
fundindo-se, convertendo-se
em nada.
Meus medos acabaram
e em seu lugar ficou a aceitação.
Toda esta vasta glória da criação
tinha que
significar algo.
E eu significava alguma
coisa também.
Sim, até o mais pequeno que o ínfimo,
também
significava algo.
Para Deus não existe um nada.
Então eu existo!”
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Fontes:
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