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Che (Espanha / França / EUA, 2008) |
26 de novembro de 1956. Fidel Castro (Demián Bichir)
viaja do México para Cuba com oito rebeldes, entre eles Ernesto
"Che" Guevara (Benicio Del Toro) e seu irmão Raul (Rodrigo
Santoro). Guevara era um médico argentino, que tinha por objetivo
ajudar Castro a derrubar o governo de Fulgêncio Batista. Ao chegar
ele logo se integra à guerrilha, participando da luta armada mas
também cuidando dos doentes. Aos poucos ele ganha o respeito de seus
companheiros, torna-se um dos líderes da revolução que está por
vir. Dirigido por Steven Soderbergh.
Patria
o Muerte! Venceremos!
Este é um filme biográfico que mostra parte da vida
deste grande revolucionário, Ernesto "Che" Guevara,
argentino que se dedicou como líder e militante guerrilheiro e
acabou sendo reconhecido mundialmente somo um símbolo da revolução,
tendo grandes seguidores e admiradores até os dias de hoje. O
jornalista estadunidense John Lee Anderson, autor da biografia de
Guevara, serviu como consultor para o projeto. O filme é focado na
sua fase de guerrilheiro, líder e político, mostrando inclusive sua
participação na ONU em 1964, expondo seus ideais e de sua luta ao
mundo e sendo claramente contra o imperialismo americano. Cenas de
seu discurso na ONU e de algumas entrevistas deram ao filme um
aspecto de documentário, mesmo todas as cenas tendo Benício Del
Toro interpretando Che Guevara.
“Os poderosos usam a força para oprimir. Nos a
usamos para libertar”
Com o lema espanhol “Pátria ou morte!” algumas
vezes reforçado em gritos durante o filme, a revolução liderada
por Fidel Castro - que teve Che Guevara como um dos grandes
realizadores - desde Cuba, é mostrada com bastante seriedade. A
revolução cubana também foi abordada de forma realista no filme
Memórias do Subdesenvolvimento (considerado por muitos a melhor obra
cinematográfica feita em Cuba), drama-documentário dirigido por
Tomas Gutierrez Alea.
“Isso é uma revolução, não um golpe de estado”
Logo no início, temos uma citação do livro “Guerra
e Paz”, de Liev Tolstói, servindo como preâmbulo para o que
estaria por vir. Na figura de Ernesto Guevara, apelidado pelos seus
companheiros de luta como “Che”, acompanhamos a luta para a
libertação de Cuba, que acaba se expandindo para a Bolívia, já
que a intenção da luta era revolucionar o continente. Essa luta
aparece claramente no filme como uma luta política, acompanhada de
uma guerra violenta. Também destaca preocupações mais abrangentes
de Che Guevara, como ao dar importância à educação e consciência
de seus guerrilheiros (nas palavras dele: “Um povo que não sabe
ler nem escrever é fácil de ser enganado”), dando todo o exemplo
prático, inclusive combatendo à frente do grupo (a cena da bazuca é
tendenciosa). Também não media esforços ao ajudar doentes, já que
tinha formação em medicina.
É daqueles filmes longos, mas que passa rápido. Na
verdade, foi dividido em dois filmes: “Che Parte 1: O Argentino”
e “Che Parte 2: Guerrilha”. A primeira parte é mais enérgica,
com muitas cenas de batalhas com foco nas estratégias de dividir e
conquistar. A batalha em Santa Clara é um dos momentos altos do
filme, bem detalhada e tensa.
“Vencemos somente a guerra. A revolução começa
agora”
A segunda parte prioriza a tentativa de Guevara em levar
a revolução à Bolívia, até o momento de sua morte. No Festival
de Cannes foram exibidos como um único filme.
A
atuação de Benicio Del Toro é impecável, quem assistir vai sempre
associar a figura de Che Guevara à imagem física deste ator.
Merecidamente
o
ator
venceu o GOYA, o Festival de
Cannes
e a
Palma de Ouro.
Na pele deste controverso líder da revolução cubana ele agrada ao
mostrar seus diversos aspectos, como médico, marxista,
revolucionário e asmático, que conseguia levantar a moral e
capacidade combativa de sua guerrilha.
“
Revolucionário é o maior escalão da espécie
humana”
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Che Guevara |
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