Estamos no início de 2016, próximo
então da 88º Academy Awards, ou seja, o Oscar 2016, que é a cerimônia de
premiação mais esperada da Sétima Arte. A Academia de Artes e Ciências
Cinematográficas faz um evento de premiação anual, desde sua fundação em 11 de
maio de 1927, em Los Angeles, Califórnia, em reconhecimento à excelência de
profissionais da indústria cinematográfica. A Academia foi concebida por Louis
B. Mayer, um dos fundadores da Metro-Goldwyn-Mayer (MGM).
Aqui eu busquei fazer uma
postagem sobre os primórdios do Oscar com algumas curiosidades e também
mostrando a relação com os filmes brasileiros, que na verdade é muito mais do
que a maioria imagina, mesmo o Brasil não tendo conquistado nenhuma premiação principal.
A primeira cerimonia do Oscar foi
em 1929 e durou apenas 15 minutos. As pessoas podiam assistir ao evento por 5
dólares e os filmes indicados eram todos mudos. Como o primeiro filme falado
surgiu neste mesmo ano (O Cantor de Jazz), os produtores deste receberam um
premio especial, pois um filme falado não podia concorrer com um filme mudo. Abaixo
resenha sobre este filme grandioso:
Da mesma forma, Chaplin, pelo
fato de representar um personagem de comédia, não podia concorrer com atores
dramáticos. Para se redimir desta falha ou injustiça, a Academia homenageou
Chaplin com um prêmio especial por sua atuação, direção, roteiro e produção do
filme “O Circo”, uma das maravilhas deste cineasta, também com uma resenha aqui
neste blog:
A primeira atriz “queridinha” da
academia foi Janet Gaynor. Ela concorreu contra ela mesma duas vezes na mesma
premiação, que foi o primeiro Oscar, por suas interpretações em Seventh Heaven,
Street Angel e Sunrise. Existiram mais 2 atrizes concorrendo, mas ela ganhou o
prêmio. Realmente, com sua carinha de anjo, apesar dos filmes serem mudos, ela mostrava
grande expressão corporal, principalmente facial, nas suas atuações. Aqui
também tem um post do filme Sunrise: A Song of Two Humans, um romance muito
sensível que me fez admirar mais ainda os filmes mudos:
Em relação ao Brasil, este ano
concorremos na categoria de Melhor Animação, com o maravilhoso O Menino e o Mundo.
As chances, mais uma vez, são poucas, diante do grande Divertidamente, que de
fato merece mais, na minha visão. Ao longo do tempo, o Brasil teve até uma boa relação
com o Oscar e com outras grandes premiações. Apesar de não existir um filme
nacional vencedor de Oscar, podemos dizer que muitos chegaram perto com louvor.
Vejam que interessante:
- Em 1953, O Cangaceiro, de Lima
Barreto, ganha o Festival de Cannes e torna-se o primeiro filme brasileiro a
ter sucesso internacional;
- Em 1959, o filme francês Orfeu
Negro, de Marcel Camus, ganha a Palma de Ouro em Cannes e o Oscar de Melhor
Filme Estrangeiro nos EUA. Este filme foi inspirado no musical Orfeu da
Conceição, de Vinícius de Morais e Tom Jobim;
- Em 1962, O Pagador de
Promessas, de Anselmo Duarte, é premiado com a Palma de Ouro no Festival de
Cannes;
- Em 1989, o curta Ilha das
Flores, de Jorge Furtado, vence o Festival de Berlim na categoria e é eleito
pela crítica europeia um dos 100 mais importantes curtas-metragens do século XX;
- Em 1998, Central do Brasil, de
Walter Salles, ganha o Festival de Berlim, e Fernanda Montenegro é indicada ao
Oscar de melhor atriz;
- Em 2002, Cidade de Deus, de
Fernando Meirelles, participa do Festival de Cannes e é distribuído para 62
países;
- Em 2003, Carandiru, de Hector
Babenco, participa do Festival de Cannes e ganha prêmio no Festival de Havana;
- Em 2008, Tropa de Elite, de
José Padilha, vence o Festival de Berlim.
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Fontes:
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