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Eu indico |
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All is lost (Reino Unido, 2013) |
Um
navegador experiente está viajando pelo Oceano Pacífico, quando uma
colisão com um container leva à destruição parcial do veleiro.
Ele consegue remendar o casco, mas terá a difícil tarefa de
resistir às tormentas e aos tubarões para sobreviver, além de
contar apenas com mapas e com as correntes marítimas para chegar ao
seu destino. Escrito e dirigido por J. C. Chandor.
Faca,
âncora, comida,
bote
inflável...
Robert Redford, com 76 anos de idade, estrelou esse
filme. Pela sinopse é bem perceptível que trata-se de um filme com
praticamente um personagem e quase nenhuma fala. É um filme sobre a
situação que essa pessoa vive diante de um naufrágio eminente.
Desde a primeira cena estamos em alto mar, longe da civilização em
terra. Um senhor de idade fica à deriva por conta de um acidente,
que danificou até o rádio de sua embarcação. Quando tudo está perdido, o drama enfrentado
pelo personagem ganha muitas pitadas de esperança ao percebemos
que ele é bem experiente e não vai desistir. Cada ato, cada minuto,
cada objeto é precioso. A economia da comida que resta, saber
utilizar os recursos de forma moderada, saber lidar com as surpresas que
aparecem. É como ser testado o tempo todo. Cada pequeno passo deve
ser executado visando maximizar a possibilidade de sobrevivência.
É admirável como a experiência, alinhada à
inteligência - inclusive inteligência emocional – transparece na
trama como condição determinante para alcançar o objetivo: a busca
pela sobrevivência, a todo custo. Robert Redford está ótimo no
papel, determinante por se tratar de um filme com um ator só. Junto
com ele, a natureza representada pelo mar inacabável e os perigos ao
redor. Mas também o silêncio, barulho do mar e do vento.
Não contém aquelas cenas onde somos apresentados ao
passado do personagem, onde ele lembra seus erros e acertos e agora
vai se redimir. Aqui a estratégia é outra, deixando o espectador
ficar atendo ao que vê. Sabemos que o personagem, agora solitário,
tem um anel no dedo e, na narração inicial, ele fala algo que
remete a uma autoavaliação. Mas é praticamente isso e o filme vai
correr sempre para a frente. Ao contrário de outras produções,
nosso personagem não fala sozinho, não encara a Deus, nem chega a
se desesperar explicitamente. E a cena final, além de sua beleza
visual, pode ser lindamente interpretada pelo significado que passa.
"Perder tudo, menos o corpo e a alma"
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Fontes:
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