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Eu indico |
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The Shallows (EUA, 2016) |
Nancy (Blake Lively) é uma jovem médica que está
tendo de lidar com a recente perda da mãe. Seguindo uma dica sua,
ela vai surfar em uma paradisíaca praia isolada, onde acaba sendo
atacada por um enorme tubarão. Desesperada e ferida, ela consegue se
proteger temporariamente em um recife de corais, mas precisa
encontrar logo uma maneira de sair da água. Dirigido por Jaume
Collet-Serra.
Blake
Lively versus tubarão:
Podemo
dizer que este filme foi uma grande surpresa. O trailer mostrou que
se trata de uma premissa simples: quando é atacada por um tubarão
branco e encurralada a poucos metros de distância da praia, Nancy
precisa correr contra o tempo e usar tudo o que aprendeu para tentar
sobreviver. Blake Lively está, na maior parte do tempo, sozinha no
filme. Ou melhor, não está sozinha... o tubarão está lá
implacável e insistente. Este animal, ao que parece, não é movido
por sua fome, pois ele tem outros alimentos fáceis ali por perto. A
questão parece ser psicológica, o orgulho ferido por não ter
conseguido capturar sua vítima, uma simples garota sem armas, no
primeiro ataque. O animal é imenso e insano a ponto de nos lembrar o
do clássico Tubarão (1975), de Steven Spielberg. Alguns ataques
chegam mesmo a lembrar do clássico.
A
batalha entre os dois é o que garante nossa atenção o filme
inteiro. O diretor Jaume Collet-Serra, responsável por outro grande
filme - A Órfã (2009) - consegue criar várias situações
interessantes dentro dessa simples proposta e num cenário pequeno. A
personagem principal demostra raciocínio, conhecimento, inteligência
e muita calma ao utilizar os objetos disponíveis, que são escassos,
para se livrar de várias situações de perigo causadas pelo seu
predador. Mas ela também é humana e, numa situação dessas, vai
demostrar seus momentos de desespero e desamparo numa atuação
memorável de Blake Lively. Não somente ela prova ser uma ótima
atriz, como também se mostra uma beldade (sua beleza é alta) dentro
de um paraíso natural (uma bela e pouco visitada praia no México).
Só isso já seria uma desculpa para assistir ao filme. Sem contar
que ela está quase o tempo todo de biquíni.
A
cada momento, vamos nos surpreendendo com a criatividade da trama. A
fotografia, muitas vezes alternando as cenas pela parte da superfície
e por dentro d'água, junto com a qualidade do som (as ondas batendo
nas pedras e na personagem) também soma ao resultado e ajuda a
mostrar um realismo de dar um calafrio e, ao mesmo tempo, uma paz com
aquele visual paradisíaco.
A
nossa personagem, amante do surf, mostra que temos que fazer o que
amamos, mesmo diante dos riscos. E que, muitas vezes, a ajuda não
vai chegar e você, sozinho, terá que enfrentar o problema. Depois
deste filme, quem tem medo de mar e tubarão vai ficar com mais medo
ainda. Pelo menos aprendam a nadar!
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Fontes:
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