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Eu indico |
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No escape (EUA, 2015) |
Jack
Dwyer (Owen Wilson) é
um americano que se muda com
sua
família
para o exterior, no
sul do Leste Asiático, por conta de seu trabalho.
Porém,
se depara com um
golpe de Estado e
então precisa fugir desesperadamente
com
sua família,
já que todos os estrangeiros estão sendo executados de imediato.
Dirigido por John Erick Dowdle.
Situação desesperadora, medidas desesperadas:
A situação dessa trama é realmente desesperadora e
nada melhor do que um diretor com experiência no gênero terror para
conduzir o filme. John Erick Dowdle foi diretor dos filmes Assim na
Terra Como no Inferno (2014), Demônio (2010) e Quarentena (2009).
Demônio foi aquele escrito por M. Night Shyamalan e também está
neste blog:
Imagine que você é um americano... até aqui, talvez,
esteja tudo bem. Entretanto, acaba de se mudar para um país
estrangeiro e, algumas horas depois, ocorre um golpe de Estado e todo
o lugar fica extremamente violento, do tipo “morte a qualquer
estrangeiro sem pestanejar”. Como existe um conflito relacionado ao
acordo sobre o controle da água, a situação piora para o americano
Jack Dwyer (Owen Wilson), que é um dos representantes de uma empresa
relacionada com o tema. Enfim, os rebeldes pretendem matar todos os
americanos que estiverem no país e possuem a foto de Jack Dwyer. O
pior ainda é que ele levou, consigo, sua esposa e suas duas filhas
pequenas.
É interessante como o filme toma logo forma para
mostrar o que se pretende, sem necessidade de muita introdução, e a
partir daí praticamente não para. Não há descanso para a família
que precisa se esconder, fugir e encontrar uma forma de escapar dali.
A trama mantém quase o mesmo ritmo intenso até o último minuto,
embora a melhor cena de todas ocorra logo no início. Sem revelar
detalhes, se prepare para a cena da fuga no terraço do hotel onde a
família estava hospedada. É uma cena bem criativa, que quebra
clichês, e pode ficar como uma das mais tensas e bem imaginadas para
este tipo de filme. Não tem como não se colocar na pele do pai e
imaginar como você agiria naquela situação.
Owen Wilson, quase sempre lembrado pelos seus papéis de
comédia, mais uma vez surpreende num papel dramático e mais forte,
assim como o fez no maravilhoso filme de Woody Allen, Meia-noite em
Paris (2011), que mesmo sendo uma comédia, é um filme, digamos, mais
intelectual comparado aos demais que Owen Wilson participou.
Outra coisa que chamou atenção foi a forma como o
personagem principal é apresentado ao conflito que se inicia. A
reação de Owen Wilson é realista o suficiente e, para ajudar, a
fotografia do filme é boa (Léo Hinstin), a câmera se movimentando
para os lugares certos e nos passando o ponto de vista de quem está
no meio do fogo cruzado. A trilha é de Marco Beltrami e acompanha
bem as sequências do filme de causar agonia. É o que se chama de
terror de sobrevivência. São como presas em constante perigo de
morte, num local desconhecido, e só resta a Jack Dwyer manter a
calma e conduzir sua família. Temos também a presença do
personagem de Pierce Brosnan, um oficial arrependido por seus
trabalhos anteriores e disposto a ajudar a família. As cenas com ele
dão uma pitada de ação mais “leve de se ver”.
Em muitos momentos, temos a impressão de que estamos
seguindo os passos dessa família, acompanhando em tempo real como se
fossemos um repórter ou o cameraman do filme. Com um orçamento de
US$ 5 milhões, comparado ao resultado, podemos dizer que o
custo-benefício da obra foi muito positivo.
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Fontes:
http://observatoriodocinema.bol.uol.com.br/criticas/2015/10/critica-horas-de-desespero
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