Apresentação

Como cheguei aqui

Sempre gostei de indicar filmes e compartilhar informações, sensações e opinião pessoal sobre eles. A atividade cinematográfica é uma das minhas paixões. Optei aqui por indicar 3 filmes por mês, manifestando a minha opinião como um simples espectador, compartilhando algumas informações sobre os filmes selecionados. Espero que o resultado seja agradável para quem visitar.

Enquanto for interessante, estarei por aqui...


Cinema Paradiso (Itália/França, 1988)

quarta-feira, 13 de julho de 2016

Paixão a flor da pele (2004)

Eu indico
Wicker Park (EUA, 2004)
Matthew (Josh Hartnett) é um jovem empresário que acredita ter visto em um café a mulher (Diane Kruger) que foi seu grande amor, que desapareceu misteriosamente há dois anos. Ele decide segui-la, descobrindo aonde ela mora. Esta se torna sua rotina durante vários dias, tornando-se uma obsessão para Matthew reencontrá-la. Um dia ele decide invadir o apartamento dela, para poder esperá-la. Porém o que ele não sabe é que a mulher que segue não é exatamente quem ele pensa ser. Dirigido por John Paul McGuigan.

Você já se apaixonou, não?
Não estamos diante de um filme meramente romântico. Podemos dizer que é um romance dramático que lida com questões comuns e interessantes, que justificam o amor, como o amor à primeira vista, ou as loucuras que podemos fazer quando estamos apaixonados por alguém, inclusive alguém que nem sabe que existimos. Mas o interessante mesmo é a forma como essas coisas vêm à tona, dentro de uma trama com um mistério, onde o quebra-cabeça vai sendo resolvido e revelado ao longo das cenas. Um espectador impaciente e desavisado pode desistir do filme antes da metade, porquê ele começa com muita música e o estilo de filmagem possui bastante sobreposição de cenas, podendo dar a sensação de estarmos numa passagem de um videoclipe ou até em um trailer, com as cenas com música e cortes de tela para mostrar 2 cenas ao mesmo tempo. Mas as coisas melhoram e percebemos que essa técnica é melhor aproveitada para explicar as coisas, principalmente quando uma cena anterior volta a aparecer, só que a vemos de novos ângulos; é uma técnica conhecida e que foi utilizada de forma satisfatória aqui.

Escute, a fala...
'Quem quer que eu corteje, seria tua esposa'...
Isso define a personagem.
Está apaixonada pelo cara...
e ele pede ajuda para conquistar outra!
Você está aborrecida, confusa,
é doloroso por dentro.
Tem que demonstrar o amor,
mas também a agonia.
Você já se apaixonou, não?”

Tudo fica muito interessante quando surge um novo personagem, a coadjuvante que rouba a cena, interpretada pela atriz Rose Byrne. Ela realmente agrada na interpretação e sua personagem passa a ser tão interessante quanto os protagonistas. A trama viaja entre o passado e o presente, e é legal entendermos, mesmo que isso leve um tempo, como cada personagem chegou ao ponto onde se encontra. Temos, como na vida real, pessoas fragilizadas, que buscam o seu equilíbrio próprio no amor. Além disso, é interessante como o acaso vai surgindo a todo momento, muitas vezes atrapalhando o objetivo dos personagens. É como se houvesse uma batalha entre o acaso e o sentimento, entre o acaso e a intuição.
O título original deste filme de 2004 é uma referência ao local onde o casal principal gostava de se encontrar (Wicker Park), o que nos remete a pensar em casais que têm o seu lugar preferido ou a sua música, como se fossem feitos só para eles. Quem não se lembra de alguém quando revisita algum lugar marcante ou escuta uma certa música?
O filme é uma refilmagem de "L'Appartement" (1996, de Gilles Mimouni) e teve um orçamento de US$ 30 milhões. O restaurante no qual Matt vê Lisa falando ao telefone chama-se Bellucci e, pelo que pode ser interpretado, é uma homenagem à atriz Monica Bellucci, que faz o personagem principal no filme original; o filme conta também com o ator Vincent Cassel. Já li críticas mais a favor do original em relação a este, para quem quiser conferir.

O amor leva você a fazer coisas loucas... insanas...
coisas que você nunca pensaria em fazer.
E aí está você fazendo.
Não pode evitar.”

Quando um romance foge do padrão hollywoodiano e oferece algo mais, como uma boa história, mesmo que sobre temas conhecidos, vale a pena ser conferido. Com certeza quem foi assistir a este sem muita pretensão, se surpreendeu. A trilha sonora do filme é muito interessante e, para provar que as coisas vão melhorando muito do meio para o final, a canção que encerra o filme é "The Scientist", do Coldplay, música maravilhosa, uma das preferidas de pessoas realmente apaixonadas. Confira a letra depois e busque as semelhanças com o desfecho do filme, que é muito bom, por sinal.

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Fontes:

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