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Eu indico |
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The Mist (EUA, 2007) |
Após
uma violenta tempestade devastar a cidade de Maine, David Drayton
(Thomas Jane) e Billy (Nathan Gamble), seu filho de 8 anos, correm
rumo ao supermercado, temendo que os suprimentos se esgotem. Porém
um estranho nevoeiro toma conta da cidade, o que faz com que David,
Billy e outras pessoas fiquem presas no supermercado. Logo David
descobre que há algo de sobrenatural envolvido e que, caso deixem o
local, isto pode ser fatal.
Dirigido por Frank
Darabont.
Darabont
e King:
Existem combinações que dão certo. Um escritor aclamado e com status de “mestre do terror” e um diretor que
consegue transportar para o cinema adaptações fiéis sobre as obras
do primeiro. Frank Darabont dirigiu esses filmes baseados em livros
ou contos de Stephen King: The Woman in the Room (1983), Um Sonho e
Liberdade (The Shawshank Redemption, 1994), À Espera de um Milagre
(The Green Mile, 1999) e este O Nevoeiro, que é baseado em um dos
contos do livro Tripulação de Esqueletos.
O conto e o filme são ótimos,
principalmente de você gosta do gênero, que posso resumir como uma
história de terror recheada de mistério e drama. Isso porque além
da proposta de possíveis monstros atacando moradores na cidade de
Maine (na qual o escritor tem preferência para bolar suas
histórias), é uma reflexão sobre como as pessoas podem se
comportar diante de uma situação de crise. É por isso que não
existe um foco em mostrar os monstros, mas sim as pessoas, e a ideia
de um local fechado, um supermercado, no caso, unindo diferentes
pessoas por acaso, leva a situações interessantes. Um exemplo claro: na figura da
personagem Sra. Carmody (interpretada por Marcia Gay Harden) vemos o
fanatismo religioso e como isso afeta toda a atmosfera ao redor. Além
do mais, os comportamentos levam a situações mais graves ainda.
Uma caraterística interessante nas obras de Stephen
King é que existe uma preocupação com a construção dos
personagens, e isso também prevalece no filme. Junto a isso, nós,
leitores e/ou espectadores, diante do desconhecido, vamos sugerindo
explicações. Seria o apocalipse? Seria o resultado de uma
experiência que trouxe criaturas de outra dimensão? Enfim, o
mistério está lançado.
Além do mais, podemos nos preparar para um final
impactante, surpreendente. Neste ponto, ouve da parte de Frank
Darabont uma iniciativa (vamos chamar de ousadia) em mudar o final da
história, surpreendendo até a quem leu o romance, até porque não
é um final convencional. Particularmente gostei dos dois finais,
tanto do conto quanto do filme, um deles é mais sugestivo e
misterioso, o outro é mais claro e sinistro. Mas a história como um
todo é super criativa, reflexiva e agradável de acompanhar. Toda a
atmosfera e dinâmica que fizeram deste um dos melhores contos do
escritor, estão no filme, e é ótimo acompanhar visualmente os
ambientes bem realistas que o diretor conseguiu criar, tanto na parte
externa da cidade, quanto no ambiente fechado do supermercado. E isso
tudo aproveitando da nossa tecnologia e exibindo efeitos bem legais.
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Fontes:
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